domingo, 11 de maio de 2008

Alma Lusitana

Foto: Rui Gato

Com a devida vénia se transcreve uma parte do excelente artigo de Joaquim Palminha Silva, intitulado FRAGMENTOS DO TEMPO e inserido no jornal DIARIO DO SUL de 6 de Maio de 2008:

" (...) Já agora, portugueses em Portugal, verdadeiramente portugueses, essa gente inédita, pitoresca, descendente da vida aventurosa de outrora; essa espécie de obras-primas que marcaram o mundo com uma autenticidade acima da literatura, em completo desacerto com a condição humana, versando apenas a areia movediça do sonho e da loucura; sim, já agora, onde está essa gente opulenta de vida?
--Está nos grupos de Forcados, nas almas de marca dos pegadores de touros!
Eis, pois, um sublimado da fibra nacional, que a mais fina e rara alquimia, nos deixa essa gente!...
São os últimos lusitanos, de fulgor meteórico!
Encontrar ainda hoje estes portugueses é paradoxal como encontrar os caracteres egípcios numa folha de jornal. Mas eles existem e, por isso, são talvez o nosso último depósito de Lusíadas!
Depois deles só nos resta arenque fumado e transgénicos de milho..."

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